No atual cenário de mobilidade e uso estacionário de energia o hidrogênio (H2) tem experimentado um movimento de vaivém muito profundo. Fala-se muito sobre diversas rotas, soluções e tecnologias diferentes para adotar o menor e mais abundante átomo do universo. Tudo fica complicado porque a forma preferida de energia para produzir H2 é a eletricidade que, por sua vez, deve ser produzida a partir de outra forma de energia como eólica, solar, nuclear ou hidrelétrica. Outro problema é que, idealmente, a eletricidade deve ser usada à medida que é gerada, caso contrário ela será perdida a menos que seja armazenada (cara). Após a produção de H2 ainda existem duas rotas para utilizar a elevada quantidade de energia contida nele: diretamente como recurso combustível em usinas térmicas, siderúrgicas, cimenteiras, petroquímica, refinarias, produção de calor para processos e motores à combustão; ou como alimentação de células de combustível, onde é diretamente convertido de gás em eletricidade. Mas, a menos que não haja alternativa, utilizar eletricidade para produzir hidrogénio através de eletrolisadores para depois utilizar o oposto do eletrolisador – as células de combustível – para produzir novamente eletricidade, é um desenho de fluxo de energia muito pobre em eficiência e rico em entropia. Por esta razão, é interessante notar que cada vez mais pessoas estão convencidas de que a melhor e mais eficiente forma de utilizar a eletricidade para diversos fins passa pela adoção direta de baterias para armazenar eletricidade ao invés de hidrogénio!!! Esta diversidade de rotas lança uma sombra sobre toda a conversa a respeito do hidrogénio que acontece neste momento. Que rota prevalecerá? Ainda não existe uma resposta simples. Seja um hospital, uma siderúrgica, um carro, um caminhão, um caminhão gigante para mineração, seja um trem de passageiros. Mas algumas tendências já estão emergindo.
